8.06.2008

"INTO THE WILD" PARTE I.- Deserto do Sahara ou o altiplano Boliviano? (Bolivia)



DIA 1
52 km
Altitude máxima 3737m
Altitude de acampamento 3700m
De Oruro a algures na pampa, 6km depois de Toledo.


Saímos tarde de Oruro, já eram 11.45 horas. Tínhamos passado a noite anterior na companhia dos filhos do dono da hospedagem que insitiram em nos oferecer um pratico tipico da regiao, "ruestro de cordero":

E tambem num ritual de iniciação de mascar Coca. As folhas de coca eram misturadas na boca com "Lejia" doce, uma mistura de camote (batata doce) com cinzas e sabe se lá mais o quê, cujo efeito alcaloide deixava a boca toda dormente e uma sensação de euforia e bem estar. Mascar folhas de Coca è um habito Andino tão velho como a sua historia, o qual nos iríamos experienciar durante as próximas semanas. Ajuda a respirar melhor em altitude, dizem!


À saída de Oruro a estrada alcatroada bordeia a costa norte do lago Uru Uru cujo nome da origem à cidade mineira de Oruro. Um lago bonito com alguns flamingos e animais domésticos à procura de alimento nas águas pouco profundas do lago. A estrada alcatroada termina em Toledo, pequena aldeia onde paramos para comprar mais mantimentos e 6 litros de água. A partir de hoje e durante as próximas semanas há que andar preparado com água e comida para vários dias.



À saída da aldeia começa a estrada de "lavadouro" ou de "calaminas" como são conhecidas localmente, estradas de saibro arenoso que vão acumulando pequenas ondulações pelo uso frequente e que são um pesadelo para ciclistas. A sua ondulação faz lembrar os estrados de lavar roupa, dai o nome Inglês de "washboard roads", que eu traduzo à letra.
Ocasionalmente pudemos pedalavamos pela pampa evitando as "calaminas".


Efeito de "miragem" comun em certas partes do altiplano, o qual eu nao sei explicar:


Acampamos as 5 da tarde no meio da Pampa, ou planície andina. As cores do por do sol davam alguma beleza à paisagem que de outra forma era aborrecida e monótona. Cozinhamos pela primeira vez no nosso novo fogão MSR comprado (surpreendentemente) numa loja perto do mercado de Oruro, um modelo igual ao anterior que ainda carrego nos alforges.

Acampamento do dia:


DIA 2
34.6 km
Altitude máxima 3816m
Altitude de acampamento 3781m
De depois de Toledo a depois de Jankhokala.


O dia de hoje rendeu pouco por diversas razões, o frio da manhã obrigou-nos a permanecer na tenda até tarde e depois de um prolongado pequeno almoço partimos já eram 11.15 horas. À tarde o suporte da Joana partiu-se pela segunda vez, o que me deixou preocupado pois parece que não vai aguentar as estradas do altiplano e não vai haver onde o arranjar. Mas o que nos ocupou a grande parte do dia foi a paisagem em redor de um lago 4 km depois de Copacabanita, cujos reflexos das montanhas circundantes nas águas povoadas por flamingos foram o momento kodak do dia.



A estrada piorou um pouco continuando estilo "lavadouro" e com pouco, mas poeirento, tráfego pesado. Passamos por Copacabanita, uma pequena aldeia de trabalhadores da estrada com uma pequena "tienda" onde compramos água. 3 km depois de Jankhokala, mais uma aldeia abandonada sinal da deserção do altiplano para as cidades, encontramos um acampamento entre pedras no topo de um morro onde montamos a tenda.

Acampamento do dia:


DIA 3
46.5 km
Altitude máxima 3882m
Altitude de acampamento 3742m
De depois de Jankhokala até depois de Opoqueri.


Hoje esperàva-nos uma surpresa agradável.
Em Ancaravi, uma pequena aldeia com uma "peaje", (posto de controle), rodeado de meia dúzia de quiosques de lata, vendiam ao pouco tráfego que por ali passava, pique macho, um prato típico de salsicha e batata frita, ensopados em abundante molho de tomate, maionese e molho picante; vendiam tambèm um outro prato feito de carne de lama seca acompanhado por vários tipos de batata mal cheirosa.


Aqui terminava a estrada de "calaminas" e começava o alcatrão - alias, cimento. Nenhum dos nossos 4 mapas Bolivianos assinalavam a estrada como alcatroada. A estrada nova coincidia também com a mudança de paisagem que agora era muito mais agreste. Planícies onduladas semi-desérticas onde centenas de lamas e alpacas pastavam na vegetação rasteira, ocasionalmente avistávamos algumas vicuñas, o parente selvagem das lamas.
Passava esta tarde os 30 mil quilometros pedalados desde Inuvik, canada.


Depois do nosso almoço volante o vento intensificou-se ,vindo directamente de Oeste, do Chile e do Pacifico. Pedalávamos com alguma dificuldade com as bicicletas coladas uma à outra para poupar energias. Ao final da tarde paramos na pequena aldeia de Opequeri, mais uma aldeia desolada nesta rota. Cada dia que passa sentimos mais a desolação da paisagem e também das pequenas aldeias que a povoam.

Junto á simples praça de terra batida numa casa de abobe, uma simpática e incrédula senhora, pela presença dos visitantes estrangeiros, vende-nos do pouco que tinha para oferecer: 6 ovos, leite em pó, 1 Kg de batatas e um saco de folhas de Coca e "lejia", pouco mais havia á venda. Carregamos as burras e partimos pela vasta pampa. Ao Fundo no horizonte, varias montanhas desfocadas, provavelmente parte da cordilheira ocidental que formam a barreira natural entre a Bolívia e o Chile. Acampamos no meio da desolada pampa onde passamos uma noite muito fria.

Acampamento do dia:



DIA 4
51.5 kms
Altitude máxima 3783m
Altitude de acampamento 3740m
De depois de Opoqueri a depois de Huachacalla.


Acordamos com a tenda congelada. Tinha sido a noite mais fria a que eu jamais acampei, menos 16 graus, e a condensação durante a noite foi elevada. O meu saco de cama é confortável apenas atè 7 graus negativos e mesmo dormindo vestido e com a botija de àgua quente (que compràmos em La Paz por meio Euro, e que è uma excelente peça de equipamento para o frio do altiplano) senti o frio seco da noite a entranhar-se por todo o meu corpo.

Depois do nosso já tradicional demorado pequeno almoço (somos uns ciclistas preguiçosos), zarpamos cerca das 11 da manha. O frio intenso não convida a sair da tenda antes das 8, apesar de amanhecer antes das 7 horas. Poucos quilómetros depois chegamos ao mirador "Parinacota" com vistas fantásticas para um lago cheio de flamingos e com varias montanhas a reflectir nas águas do lago coroadas pelo vulcão Sajama, a 6542m è o pico mais alto da Bolívia. Lamas e Vicuñas pastavam ali por perto. A beleza da paisagem era simplesmente fantástica, parecia uma pintura surreal. Teria sido o lugar perfeito para acampar. Passeamos tranquilamente pelas margens do lago de àguas salgadas e com fortes cheiros a enxofre.


Dirigimo-nos á aldeia de Huachacalla onde esperávamos encontrar mantimentos, àgua e gasolina. A excelente estrada cortava pela planície árida em rectas intermináveis, ao longe duas montanhas que protegiam a aldeia dos fortes ventos vindos do Chile.

Proibido fazer o que??

Foram 52 km de recta atè atingirmos o sopé das montanhas e a aldeia, pelo caminho alguma vida selvagem, águias, vicuñas, Nandùs (avestruzes americanas) e outros animais, um deles, uma águia morta e pendurada num mastro com varias garrafas vazias á beira da estrada, sinal de alguma feitiçaria.

Na aldeia de Huachacalla com cerca de 3 mil habitantes, uma das maiores nesta nossa primeira etapa, encontramos comida e àgua mas não gasolina. Compramos um litro de gasóleo na esperança que os nossos fogões o consumissem. A estrada alcatroada termina na aldeia. Não iríamos ver mais alcatrão durante os próximos 43 dias! Seguimos por uma estrada de calhau rolado com direcao a Escara, Chipaya, e posteriormente o salar (salinas) de Coipasa, pelo menos essa era a rota prevista.

A 8 km de Huachacalla, depois de passar por mais uma aldeia abandonada, montamos acampamento na pampa protegidos do vento por uma pequena montanha. O gasóleo, bastante oleoso, não funcionou nos nossos fogões. Fazemos uma fogueira e pomos os tachos ao lume. A Joana prepara um delicioso jantar de "frango na púcara altiplanico".


Nunca imaginamos que ao viajar de bicicleta, iríamos ter tantas dificuldades em encontrar gasolina. Parece que, apesar do governo de Evo Morales não querer admitir, a Bolívia já entrou numa crise de combustíveis, era a segunda vez que não conseguíamos encontrar gasolina. Amanhà temos que decidir o que fazer: ou continuar na rota prevista sem gasolina, ou regressar a Huachacallas e ir á boleia ate Pisiga, junto á fronteira com o Chile em busca dela.

Estamos cada vez mais metidos no meio do nada, onde as aldeia assinaladas nos nossos mapas nao sao mais do que meros aglomerados de casas com abastecimentos muito limitados. A paisagem è cada vez mais inóspita e selvagem. Em Huachacallas, por prevenção, subimos a nossas media de transporte de àgua para 10 litros. Mas um dia solarengo e uma noite fria com 7 graus negativos.

Acampamento do dia


DIA 5
33 km
Altitude máxima 3780m
Altitude de acampamento 3692m
De depois de Huachacalla a Chipaya.



Fazemos novamente uma fogueira com raízes e ramas de arbustos, cozinhamos o pequeno almoço ao lume e partimos decididos a encontrar gasolina em Escara ou Chipaya. Ali por perto do acampamento, umas construções antigas que depois de uma analise mais próxima, viemos a descobrir que eram túmulos, alguns com ossadas e caveiras humanas expostas sobre a terra. Supomos que pertencem á civilização Uru-Chipaya, uma das civilizações mais antigas das Américas que datam a 2500 anos AC.

Em Escara (km 15), também não havia gasolina. 10 km depois chegamos ás margens do rio Lauca cujas águas gélidas temos que atravessar descalços e ajudamos também uns pastores a atravessar os seus rebanhos de ovelhas.


Algumas vão morrer devido às águas geladas, contaram-nos. Estão a construir uma ponte sobre o rio Lauca e os engenheiros responsáveis pelo projecto dispensaram-nos um litro de gasolina.

A 40 km de Huachacalla situa-se a pitoresca aldeia de Santa Ana de Chipaya, o centro do que resta da cultura chipaya e cujos residentes são descendentes directos dos Uru-Chipaya. Uma aldeia perdida no vasto altiplano e perto da costa norte do salar de Coipasa. Quando perguntamos por alojamento a um dos locais, este leva-nos à casa do alcaide, o responsável máximo pelas politicas da aldeia, que nos oferece alojamento na sua sala de reuniões decorada com vários cartazes de lideres indígenas, um pequeno altar com vários objectos estranhos como cornos de animais, folhas de coca e o chão revestido com peles de Lama e Alpaca.

Amanha iremos para Coipasa e entrar finalmente nas salinas.

DIA 6
8 km
Altitude máxima 3728m
Altitude de acampamento 3679m
De Chipaya a um curral de Lamas.


Hoje foi um dia surreal. O dia amanheceu triste, frio e enublado. Saímos á procura de comida e água na aldeia, mas depois de visitar todas as lojas e de bater á porta de meia dúzia de casas, tudo o que conseguimos encontrar foram: 5 ovos, bolachas, papel higiénico e latas de sardinhas. Não havia água engarrafada e mais uma vez, gasolina.
Decidimos alterar a rota e pedalar até Sabaya, 40 km para norte, em busca de comida. Indicam-nos que temos que atravessar o rio Lauca e que do outro lado encontraria-mos um caminho que nos levaria a Sabaya. Um senhor aponta-nos um local onde o rio era menos profundo. Uma vez do outro lado do rio, não tardou a que o caminho se transforma-se em trilhos de Lamas.




Pouco depois os trilhos desaparecem e damos connosco no meio da Pampa rodeados por casas redondas estranhas que faziam lembrar os "estrunfos".



O terreno era plano e pouco acidentado, decidimos fazer um azimute para as montanhas em cuja encosta o velho senhor nos tinha dito que se encontrava Sabaya. O terreno pouco a pouco torna-se pantanoso e temos que atravessar zonas com lama e pequenos riachos, por vezes um alforge de cada vez.



O progresso foi lento. fizemos apenas 8 km todo o dia, quase sempre a empurrar. A paisagem que nos rodeava era surreal. Por toda a planície inúmeras casas antigas redondas, ao fundo no horizonte um furacão levantava uma enorme nuvem de pó e por detrás de nós o céu estava escuro e sombrio.

Antecipando uma tempestade, decidimos não pedalar mais e procurar refugio. Eram 4 da tarde, por perto um curral de lamas que nos pareceu em desuso e que nos protegia do forte vento que se fazia sentir. Montamos acampamento. A paisagem era desolante mas fascinante, apesar das muitas casas, e paa alem da ocasional lama solitaria, não havia vivalma em nosso redor. Estamos a ficar com pouca comida e amanhã temos que chegar a Sabaya e encontrar mantimentos suficientes para o resto da travessia.

Acampamento do dia


DIA 7
20.9 km
Altitude máxima 3738m
Altitude de acampamento 3692m
Do curral de Lamas até dunas de areia.


Que dia, a saga continua!
Depois de mais uma noite fria que provavelmente rondou os 15 graus negativos, seguimos viagem pela pampa. Ontem á noite vimos passar uma moto á distancia na planície e pensamos que seria indicativo de um caminho. Procuramos esse caminho sem sucesso.

Esta pampa, parte da zona norte circundante ao salar de Coipasa é absolutamente plana e o terreno pouco acidentado permitindo pedalar ao acaso por breves momentos. Seguimos o nosso azimute ás montanhas para norte onde se encontrava a aldeia de Sabaya. Pelo meio dia começamos a pedalar por uma zona de vegetação rasteira que pouco a pouco se foi tornado bastante arenosa. Hoje pedalamos pouco, e excepto pequenos troços, foi sempre a empurrar. Paramos para uma pequena pausa e um café e continuamos a empurrar pelos trilhos arenosos. De repente sinto fortes tonturas e desmaio no chão. Acordo nos braços da Joana. Poucas dezenas de metros mais á frente sinto uma outra quebra de tensão. Talvez os cigarros, o café, a altitude, o excessivo esforço físico ou tudo junto, não sei!

O terreno torna-se cada vez mais arenoso e a paisagem agreste e solitária. A meio da tarde encontramos varias rodadas de carros marcadas no chão da planície.

Seguimos as que estavam mais marcadas. Pouco depois a Joana para a bicicleta e virando-se para mim pergunta.
-Carinho estas a ver o mesmo que eu?
-Onde, respondi.
-Ali ao fundo, aquela duna em frente, exclamou!


À nossa frente a poucas dezenas de metros, uma enorme duna obstruía o caminho. Em Chipaya tinham-nos falado de um caminho arenoso, não de dunas enormes a atravessar! Empurramos uma bicicleta de cada vez através da duna. Seguimos viagem continuando a empurrar as burras pelo caminho arenoso.



Estávamos agora rodeados de vastas planícies arenosas de arbustos rasteiros e sem vivalma em nosso redor. Atrás de nós a aldeia de chipaya tinha desaparecido. Algum tempo depois para nossa completa perplexidade, outra duna de areia, esta de vários metros de altura e com centenas de metros de extensão. Não podíamos acreditar. Mas que era isto? Estamos a pedalar no altiplano Boliviano ou no deserto do Sahara?


Aproxima-mo-nos e subimos a duna a pé.
Não podia crer no que os meus olhos viam. Não era apenas uma duna senão varias, dunas por todo o lado. Eram 5 da tarde e a aldeia de Sabaya já se via desfocada ao longe na encosta da montanha. Poderia levar-nos horas, talvez mais um dia a atravessar todas estas dunas. Com o vento forte seria muito difícil continuar e as temperaturas baixam aos zero graus pouco depois do pôr do sol. Montamos acampamento ali mesmo, junto as dunas no meio do caminho.


Cozinhamos um pouco dos restos de comida que tínhamos racionando os 2 litros de água que nos restavam. Estávamos exaustos de tanto empurrar (e puxar) as burras pela areia o dia todo e eu tinha passado um dia miserável, fraco, sem energia e preocupado pelas reacções do meu corpo esta tarde.


Á noite um senhor e o seu filho passam com as suas bicicletas pelo acampamento. A Joana fala com eles e confirma que estamos no caminho certo para Sabaya. Se este é o caminho certo, então porque è que as pessoas com quem falamos em Chipayas não nos falaram em dunas de areia, senão apenas em caminho arenoso? Será que imaginaram que poderíamos pedalar numa bicicleta com 50 kg da carga através de dunas?
Mais uma noite muito fria, 12 graus negativos.

Acampamento do dia:


DIA 8
10.8 km
Altitude máxima 3728
Altitude acampamento 3732
Das dunas de areia até Sabaya.


O facto de já poder-mos ver Sabaya no horizonte e de termos falado com o pai e filho a noite anterior, encheu-nos de motivação para enfrentar as dunas de areia e terminar esta etapa surreal de 40 km em 3 dias em busca de comida, água e gasolina. Para o pequeno almoço os restos da pasta que sobrou do jantar e um chá pelos dois. Guardamos o equivalente a outra chávena de chá para o caminho. Essa era a água que nos restava. Decidimos seguir os rastos das bicicletas do pai e filho que resultou numa boa táctica, pois apesar de termos que empurrar todo o tempo não tivemos que atravessar as dunas maiores.




Ainda foram mais 8 km de areia até perto de Sabaya que nos levou toda a manhã a fazer. Quando chegamos perto da aldeia e o terreno arenoso começa a dar lugar a um caminho onde podemos montar nas bicicletas e pedalar, pensamos que estávamos próximos do final da nossa aventura. Mas não! Pouco depois veio um rio para atravessar (pontes no altiplano Boliviano são uma miragem) e pouco depois outro, este ainda semi-congelado cujas águas gélidas me deixaram frieiras nos pés e tornozelos durante muitos dias.



3 dias e 40 km depois chegávamos á aldeia de Sabaya. A minha definição de ciclo-turismo tinha-se alterado para sempre. As dificuldades maiores não são más estradas ou subidas difíceis, pedalar sem estradas è porventura a maior delas! Mas outras dificuldades aguardavam por mim durante as próximas semanas.

Dedicamos a tarde todas ás compras que apesar de limitadas parecem suficientes para a travessia do salar de Coipasa. Aumentamos o stock de água para 12 litros e o de gasolina para 2 litros e comida em autonomia para 4 dias. Amanhã vamos partir de novo, desta vez, esperamos, sem areia.

Segue-se nos próximos dias os relatos da travessia dos salares de Coipasa e Uyuni, onde não só passamos muitas mais horas a empurrar pela areia, mas também pedalar sobre as águas do lago de Coipasa e mais de 250 km sobre o sal.


Nuno Brilhante Pedrosa

5 comments:

António Rebordão said...

Fantástico, delirante e avassalador. As minhas viagens e intensidade de vida que felizmente usufruo não são nada comparadas com as vossas. Até me sinto mal estar a engordar em casa e não me fazer à estrada.

Continuem a partilha e que a bonança continue connosco.

Abraços

António Rebordão

António Rebordão said...

E as fotografias?! Onde estão?!

PCS said...

Olá Nuno,
Só muito recentemente descobri o teu blog e confesso que estou encantado com a envergadura da tua viagem.
Ganhaste mais um fã. a partir de agora hei-de acompanhar todos os posts que publicares.
Um abraço e muita força nesses pedais.
PCS

Anonymous said...

Nos dias que passámos juntos já me tinhas contado alguma coisa, mas agora com as fotos dá para ver o porquê de tantos dias para essa travessia.

Continua sem desanimar, ainda faltam alguns quilómetros até ao final.

Suerte,
António Queirós

Neca said...

Impressionante. Sou leitor assíduo desde o ano passado. Muitos dias do por mim no trabalho a ver se tens novidades. Que tudo, continue a correr bem.

Abraço de Aveiro,
Paulo Margaça